Friday, June 26, 2009

EUA: Governador admite adultério

O GOVERNADOR do estado norte-americano da Carolina do Sul, Mark Sanford, admitiu quinta-feira ter tido um caso extraconjugal com uma mulher na Argentina, uma revelação que poderá ter comprometido as suas hipóteses de entrar na corrida à nomeação do próximo candidato republicano à Casa Branca, segundo a Imprensa norte-americana.

Mark Sanford, 49 anos, não foi visto durante alguns dias na semana passada e não informou ninguém do seu paradeiro. Na segunda-feira, o seu gabinete declarou que o governador tinha ido percorrer o Appalachian Trail, um percurso pedestre famoso que atravessa a cordilheira dos Apalaches, no leste dos Estados Unidos. Mas a mulher do governador, Jenny, de 46 anos, disse que não sabia onde é que o seu marido se encontrava. Na quarta-feira, o político republicano assumiu que tinha estado na Argentina para se encontrar com uma mulher com quem tem uma relação extraconjugal há um ano.

“O que eu fiz foi errado. Ponto final. Fim da história”, disse Sanford aos jornalistas, na capital estadual. Não anunciou se irá ou não deixar o cargo que ocupa desde 2003 – foi reeleito em 2006 -, revelando apenas ter abandonado a Associação dos Governadores Republicanos. Jenny Sanford, que não assistiu à conferência de Imprensa do marido, anunciou em comunicado que o casal, que tem quatro filhos, está a separar-se.

Mark Sanford tornou-se conhecido a nível nacional quando criticou o plano de estímulo à economia da administração Obama, posicionando-se na corrida à nomeação do candidato presidencial republicano às eleições de 2012. O escândalo deverá ter acabado com as suas hipóteses de entrar nessa corrida e surge uma semana depois de outro pré-candidato, o senador do Nevada, John Ensign, ter também admitido um envolvimento extraconjugal.

“Circunstâncias pessoais verificadas na última semana encolheram em 30 por cento a primeira linha dos possíveis candidatos republicanos para 2012”, disse Phil Musser, um antigo director executivo da Associação de Governadores Republicanos.

Mas Sanford não foi apenas afectado por causa deste caso – que era conhecido da família há cinco meses e sobre o qual já tinham sido publicados rumores – mas também por ter desaparecido durante alguns dias, deixando ao abandono a cadeira do governador.

Existem também dúvidas sobre se Sanford teria assumido publicamente o romance se não tivesse se cruzado acidentalmente com um jornalista no aeroporto de Atlanta, quando regressava de Buenos Aires.

Fonte: Notícias

Monday, June 22, 2009

Fome matou mais de 100 pessoas no último ano

Moçambique tem populações que vivem em estado de fome crónica, situação que entre Março de 2008 e o mês homólogo deste ano causou a morte a 103 pessoas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

Moçambique é dos países lusófonos mais afectados pela fome. A segurança alimentar e energética será discutida na quinta-feira na conferência “Cooperação num Quadro Internacional de Desafio Energético e Alimentar”, uma iniciativa do Conselho Empresarial da CPLP (CE-CPLP), da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação (ELO) e do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT).

Dados recentes do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) moçambicano indicam que 450 mil pessoas passam actualmente por uma situação de carência alimentar no país.

“Esta situação de carência alimentar já provocou 103 óbitos” de Março do ano passado a Março deste ano, disse o director-adjunto dos Serviços Agrários do Ministério da Agricultura, Marcelo Chissaque, durante uma reunião do conselho consultivo do SETSAN.

Para a sua sobrevivência, as 450 mil pessoas dependem de apoio alimentar, que está a ser coordenado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e pelo Ministério da Agricultura.

A situação de fome em Moçambique é mais crítica nas províncias de Tete e Zambézia, centro do país, Nampula, norte, bem como Gaza e Maputo, sul.

“Uma das razões desta insegurança é a falta de reservas alimentares. Algumas famílias chegam a passar quatro a cinco meses sem reservas alimentares”, afirmou o director-adjunto do Ministério da Agricultura.

A seca prolongada e as cheias cíclicas estão também entre as principais causas da insegurança alimentar crónica em Moçambique.

Devido à gravidade da situação de fome, o Governo moçambicano pondera a atribuição de um subsídio às famílias para a compra de alimentos nos locais onde haja disponibilidade de géneros alimentícios, acrescentou Marcelo Chissaque.

Este subsídio visa mitigar o impacto dos elevados preços dos produtos alimentares. Em certos casos, os preços desses produtos subiram 150 por cento desde Março de 2008, indicou o director-adjunto dos Serviços Agrários do Ministério da Agricultura.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indicam que, só em África, vivem 24 milhões de pessoas em situação de subnutrição, sendo a subida dos preços dos bens alimentares uma das causas.

Fonte: O País online

Friday, June 19, 2009

Depois de Mubaze Jumari é a vez do Martin de Sousa Mondlane

Já imaginaram as consequências da dedicação de Mubaze Jumari e Martin de Sousa Mondlane no Notícias? Quem de facto procura protagonismo? Será o vítima do atentado ou aqueles que em vez de condenarem o acto atentetário e clamarem por uma investigação e pela justiça, pensam que o aproveitarão politicamente para o partido a que pertencem?

Martin de Sousa Mondlane, não quer espalhar propagandas dissuadindo aos moçambicanos quanto ao atentado à pessoa de Daviz Simango, Presidente do MDM. Martin de Sousa como quem diz que o atentado perpetrado por elementos da Renamo bem identificados, foi simulado por Daviz Simango, escreve o seguinte:

“Foi através do Hi5 que o Daviz me anunciou o “Atentado de Golpe” e me anunciou que a “democracia em Moçambique está cada vez mais a deteriorar-se, só você pode salvar Moçambique.”

Afinal qual é o problema de ter sido o Daviz a escrever aos amigos ao que lhe aconteceu em Nacala-Porto? Será difícil que o atentado tem o único objectivo de deteriorar a democracia? O que diz o próprio Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama após o atentado não é suficiente para entender que é a democracia que está sendo ameaçada? Não foi aquilo antes um atentado à democracia, à liberdade?

Ora, foi no mesmo dia que Daviz mandou mensagem aos amigos, mas foi antes ou depois do acontecimento? A que horas Daviz escreveu aos amigos?

Na minha página a mensagem entrou as 19 h 34 min. A reportagem nos órgãos de informação diz que o atentado ocorreu por volta das 14 horas e imediatamente Daviz Simango foi levado pela polícia em protecção, a mesma que o escoltou à Cidade de Nampula. Antes, às 15 h 24 min, eu já tinha recebido a informação sobre o ocorrido directamente de um testemunha. Falo de que estava no local, na Zona dos Eucalíptos, veja aqui.

Martin de Sousa escreve ainda:

“Estou a tentar dizer que é fácil “entregar” o atentado ao Dhlakama e seus sequazes tendo em conta que, “visivelmente”, foram homens “identificados” como da Renamo que perpetraram o atentado; mas não seria idiotice pensar que, apesar daqueles actores, o atentado pode ter sido cozinhado noutras bandas e por outras cabeças que não de Dhlakama e seus sequazes, principalmente quando analisamos o aproveitamento político que o MDM e seu líder deram ao facto.”

Mas se compatriotas como Mubaze Jumari e Martin de Sousa Mondlane têm dúvidas sobre o ocorrido em Nacala-Porto, porquê não clamam primeiro por uma investigação que escrever suposições que mostram uma falta de espírito humanista e até certo modo ilibar os perpetradores do atentado? Porquê cometerem mais um atentado não só a Daviz, mas também aos nossos corações?

Ver também no Reflectindo:

Thursday, June 18, 2009

Martin de Sousa Mondlane

Contornos de uma conspiração teorizada

Por MARTIN DE SOUSA MONDLANE

Detesto violência. Abomino quem faz da violência um modo de vida. Abomino mais ainda quem use a violência para se projectar, aparecer, ou fazer passar a sua imagem/ideais. O assunto político de momento é o acto vil consubstanciado numa pretensa tentativa de assassinato protagonizada, alegadamente, por membros da Renamo a mando, ao que se diz, de Afonso Dhlakama.
Maputo, Sexta-Feira, 19 de Junho de 2009:: Notícias
Ando com a cabeça às voltas para perceber como se pode falhar na intenção de matar alguém, nas circunstâncias em que as coisas são nos dadas a conhecer.

Continuo a pensar que o fracasso de uma tentativa de assassinato, principalmente quando o tentador é um dos principais adversários, representa sempre um capital político forte. Atrai simpatias, solidariedade e pena.

A génese do MDM e da popularidade do seu líder está nesses sentimentos. Ao ser excluído da corrida eleitoral, Daviz Simango angariou simpatias e solidariedade das gentes da cidade da Beira. Daviz Simango foi acolhido pelas bases da Renamo e por muitos sectores beirenses quando foi desamparado por Afonso Dhlakama e seus sequazes.

É um facto que para os desafios que se avizinham, o expediente de coitadinho traído pela cúpula da Renamo não chega para atrair simpatias, solidariedade e apoios. É necessário um forte trabalho ideológico. Quando este se mostra insuficiente há que recorrer a outros. E porquê não um atentado?

Um atentado reagrupa os grupos de solidariedade. Um atentado choca. Um atentado mobiliza. As primeiras pessoas que neste contexto se aperceberam disso foram os próprios membros do MDM. Foi o próprio Daviz. Trato-o assim porque é meu amigo no Hi5. Foi através do Hi5 que ele me anunciou o sucedido, no mesmo dia em que os factos ocorreram. Foi através do Hi5 que o Daviz me anunciou o “Atentado de Golpe” e me anunciou que a “democracia em Moçambique está cada vez mais a deteriorar-se, só você pode salvar Moçambique.”

É evidente como eu faria para salvar Moçambique.

Tenho discutido este assunto com vários amigos e alguns são unânimes em dizer que de todo este cenário, só uma parte saiu a ganhar. Não me parece difícil de adivinhar qual.

Portanto, mais do que lamentar o sucedido, o MDM tratou de capitalizar o máximo possível o sucedido em Nacala. Tratou de mobilizar as massas para a sua causa.

Estarei a tentar dizer que o atentado não aconteceu? Não, de todo não. Estou apenas a sugerir que olhemos para este acontecimento de outros ângulos. Estou a seguir um trilho deixado pelos acontecimentos anteriores ao atentado, os dados obtidos após o atentado e o efeito balão de oxigénio que este representa.

Estou a tentar dizer que é fácil “entregar” o atentado ao Dhlakama e seus sequazes tendo em conta que, “visivelmente”, foram homens “identificados” como da Renamo que perpetraram o atentado; mas não seria idiotice pensar que, apesar daqueles actores, o atentado pode ter sido cozinhado noutras bandas e por outras cabeças que não de Dhlakama e seus sequazes, principalmente quando analisamos o aproveitamento político que o MDM e seu líder deram ao facto.

Mas seja como for, seja quem for que preparou e executou é de todo condenável. Repugna-me tanto a ideia de se “forjar” um atentado como instrumento mobilizador com a ideia de, tendo sido a Renamo, pugnar pela eliminação física ou, em última análise, pela intimidação dos concorrentes ao invés de eliminá-los e ou amedrontá-los com planos e ideias convincentes que demonstrem uma Renamo preocupada com a Nação.

Em comentário a carta à moda antiga que o Mapengo escreveu a Ivone Soares acerca da “Teoria de Culpabilizar os Outros”, alguém comentou que a Renamo ainda não se constituiu como alternativa para a governação deste país. Esta constatação resulta do vazio de ideias que caracteriza a Renamo.

Mas, para além do vazio ideológico, as conhecidas zaragatas internas, desorganização e falta de democracia interna têm nos sido servidos em doses cavalares. É interessante pensar como um partido em si desorganizado pode pensar, planificar e tentar executar a ideia de eliminar o Daviz. Isto a suceder seria a primeira vez que a Renamo nos demonstra alguma capacidade de pensar, planificar e executar. Seria uma novidade como é novidade entre nós eliminar fisicamente adversários políticos nos dias que correm.

Política não é campo privilegiado da santidade. Antes pelo contrário.

Diz o Mapengo que “alguns defendem que a política tem que ser limpa (?!).” Assim (contextualizando no caso em apreço), “se os outros, neste caso a Renamo, aparecem a fazer jogo sujo tentando eliminar fisicamente um adversário político, é lógico que perde a cotação por parte dos que têm essa ilusão” de que a política tem que ser limpa.

Fonte: Notícias

Confirmados seis pré-candidatos às presidenciais

A manifestação de interess­se de concorrer às elei­ções presidenciais de Ou­tubro deste ano regista um total de seis pré-candidatos até agora confirmados que vão disputar a Presidência da República em Outubro próximo.
A última confirmação foi a de Raul Domingos, presidente do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento em entrevista exclusiva ao “O País” datada da última sexta-feira.

Até quinta-feira última contava-se com cinco candidatos, a saber, Armando Emílio Guebuza, do partido Frelimo; Afonso Macacho Marceta Dhlakama, da Renamo; Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Jacob Salomão Neves Sibindy, do Bloco da Oposição Construtiva (BOC); José Ricar­do Viana Agostinho, da União dos Democratas de Moçambique - Partido Popular (UDM-PT).

Conhecidos alguns manifestos eleitorais

De acordo com a informação fornecido pelo porta-voz da Fre­limo aquando do término da Terceira Sessão Extraordinária do Comité Central, na Matola, Armando Guebuza vai apostar por um manifesto baseado na continuidade, cujas balizas cen­trais estão viradas para a redu­ção da pobreza absoluta através da promoção sustentável da cria­ção de um ambiente favorável ao investimento e desenvolvimento do empresariado nacional e in­ternacional; desenvolvimento cada vez mais descentralizado priorizando o distrito e as zonas rurais, para permitir a redução das assimetrias entre o campo e a cidade, bem como o desequilí­brio regional.

Para além destes aspectos, fo­caliza-se na chamada valorização da cultura de paz, no combate à corrupção, ao burocratismo e à criminalidade.

Por seu turno, Daviz Simango, de acordo com as decisões do Conselho Nacional do MDM, nestas eleições vai apostar no combate ao desemprego, falên­cia de empresas, redução do poder de compra dos cidadãos, discriminação económica e po­lítica, partidarização do Estado e chantagens permanentes aos funcionários do Estado e a exclu­são social. Assim, o “galo” pro­mete promover um regime de democracia participativa, estado de direito, administração públi­ca profissional, solidariedade social, credibilidade da justiça, defesa da propriedade privada e impostos ao serviço da promo­ção do desenvolvimento.

Já José Viana disse que ele e seu partido vão concorrer para acabar com a injustiça social, desigualdades, falta de oportu­nidades, desemprego desrespeito pelos moçambicanos, nepotismo e enriquecimento ilícito.
Na opinião deste político, há uma necessiadae de criar uma alternativa política para este país que jaz na corrupção e outros problemas que acredita serem da culpa do governo-dia.

Yáqub Sibindy prevê a criação do Ministério das Terras, alega­damente com vista a racionali­zar os 36 milhões de terra ará­vel e distribuir equitativamente às cerca de 3,6 milhões de fa­mílias existentes em Moçambi­que, de acordo com o Censo Populacional e Habitacional de 2007. Com efeito, a governação construtiva elegeu a terra e a família como pólo de desenvol­vimento sustentável. Por outro lado, a governação inclusiva promete introduzir políticas sobre o uso e aproveitamento de águas, construindo rios ar­tificiais, a fim de “assegurar o armazenamento e reserva da água em todo o território na­cional, garantindo três campa­nhas agrícolas por ano e o fo­mento da aquacultura”.
Com o Ministério das Águas, a Oposição Construtiva diz pre­tender, igualmente, eliminar as constantes secas e cheias que as­solam o país.

Renamo poderá inspirar-se no anterior manifesto

Apesar de não se conhecer os manifestos deste ano, a Renamo e o PDD poderão inspitar-se em grande medida nos seus manifes­tos apresentados em 2004. Nesse ano, o manifesto eleitoral da Re­namo visava, entre outros aspec­tos, o fortalecimento da igual­dade de oportunidades, coesão nacional e resgate da dignidade do povo moçambicano, transfor­mação de Moçambique num país mais justo, livre, coeso, seguro e próspero, cujo desenvolvimento seja sustentável e que garanta a construção e consolidação de um estado de direito.

Fonte: O País online