Thursday, February 03, 2011

Potências europeias defendem processo de transição imediato

Paris - França, Alemanha, Grã-Bretanha, Espanha e Itália pediram hoje (quinta-feira) ao Egipto, em uma declaração conjunta, o início de um processo de transição e condenaram os que usam ou estimulam a violência.

"Apenas uma transição rápida e ordeira para um governo de base ampla vai tornar possível superar os desafios que o Egipto enfrenta actualmente", afirma o comunicado.

"Este processo de transição deve começar agora", completa ao texto assinado por Nicolas Sarkozy, Angela Merkel, David Cameron, José Luis Rodríguez Zapatero e Silvio Berlusconi.

"Os dirigentes europeus condenam todos aqueles que usam ou estimulam a violência, que não fará mais que agravar a crise política que o Egipto atravessa".

Quatro manifestantes morreram baleados na manhã desta quinta-feira na Praça Tahrir (Praça da Libertação) do Cairo, onde uma batalha campal entre adversários e partidários do presidente Hosni Mubarak na quarta-feira deixou pelo menos três mortos e centenas de feridos.

Fonte: Angolapress - 3/2/2011

Tuesday, February 01, 2011

Centenas de milhares de manifestantes no Egipto

Centenas de milhares de pessoas exigem afastamento de Mubarak

Em resposta aos apelos para uma manifestação de 1 milhão de pessoas, centenas de milhares de pessoas concentraram-se na Praça Tahrir no Cairo exigindo a demissão do presidente Hosni Mubarak.
Acenando com bandeias egípcias a multidão entoou cânticos nacionalistas e slogans anti-Mubarak.
O exército apelou aos participantes que se portassem pacificamente porque as imagens da manifestação irão ser vistas em todo o mundo.
De acordo com um correspondente da BBC na Praça Tahrir, os soldados estão pacificamente no meio da multidão e o ambiente é de celebração. Entretanto o senador norte-americano John Kerry disse que Mubarak tem de se afastar.
No maior ajuntamento desde o início dos protestos, mais de cem mil pessoas inundaram a praça de Tahrir no centro do Cairo para exigir a remoção do presidente Hosni Mubarak do poder.
Os manifestantes empunharam bandeiras egípcias, entoaram hinos nacionalistas e slogans anti-Mubarak.

Levantamento popular

Nenhum líder claro da rebelião popular emergiu até agora mas os manifestantes parecem vir das secções mais urbanas da população.
"Todos os níveis. Todas as categorias. Muçulmanos, cristãos, velhos e novos. É a primeira vez que o povo adere a uma revolução de jovens criada na internet com o Facebook ou o Twitter", dizia este manifestante no Cairo.
O número de mulheres a aderir às manifestações está também a aumentar e uma senhora de idade avançada chamada Raba foi apanhada a discutir com vários homens, sustentando que tinha tanto direito como eles de se manifestar.
"Tenho o direito de me exprimir sem ter medo que o exército ou a polícia me prendam. Basta! Temos direito à mudança, temos direito a algo de novo", protestava esta cidadã egípcia.
Uma coligação de partidos e grupos da oposição, que incluiu a Irmandade Muçulmana, disse entretanto ter informado o Governo Egípcio que só vai iniciar cinversaça~ºoes sobre reformas depois do presidente Mubarak ter abandonado o cargo.
Um dos membros da coligação é o antigo Nobel da paz Mohamed el Baradei, que deu a Mubarak um prazo para renunicar á presidência.
"Esperamos que isto termine hoje ou sexta-feira o mais tardar e a coligação até já chama esta sexta-feira de "a sexta-feira da partida".
"Mas espero que o presidente Mubarak preste atenção e abandone o país após 30 anos de regime e dê ao povo uma chance. Não acho que ele queira ver mais sangue", apelava Mohamed el Baradei
Numa entrevista à BBC o novo ministro egípcio das Finanças, Samir radwan, disse que só aceitava ordens do recém-nomeado vice-presidente e do primeiro-ministro mas advertiu que Mubarak está longe de admitir derrota.
"Ele parece um homem muito determinado. Não nos esqueçamos que ele é um lutador, atravessou várias guerras na vida."
"E na segunda-feira ele parecia muito determinado a implementar reformas para corresponder às exigências destas pessoas" advertia o novo ministro egípcio das Finanças.

Fonte: BBC para África - 01.02.2011