Thursday, June 18, 2009

Confirmados seis pré-candidatos às presidenciais

A manifestação de interess­se de concorrer às elei­ções presidenciais de Ou­tubro deste ano regista um total de seis pré-candidatos até agora confirmados que vão disputar a Presidência da República em Outubro próximo.
A última confirmação foi a de Raul Domingos, presidente do Partido para Paz, Democracia e Desenvolvimento em entrevista exclusiva ao “O País” datada da última sexta-feira.

Até quinta-feira última contava-se com cinco candidatos, a saber, Armando Emílio Guebuza, do partido Frelimo; Afonso Macacho Marceta Dhlakama, da Renamo; Daviz Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Jacob Salomão Neves Sibindy, do Bloco da Oposição Construtiva (BOC); José Ricar­do Viana Agostinho, da União dos Democratas de Moçambique - Partido Popular (UDM-PT).

Conhecidos alguns manifestos eleitorais

De acordo com a informação fornecido pelo porta-voz da Fre­limo aquando do término da Terceira Sessão Extraordinária do Comité Central, na Matola, Armando Guebuza vai apostar por um manifesto baseado na continuidade, cujas balizas cen­trais estão viradas para a redu­ção da pobreza absoluta através da promoção sustentável da cria­ção de um ambiente favorável ao investimento e desenvolvimento do empresariado nacional e in­ternacional; desenvolvimento cada vez mais descentralizado priorizando o distrito e as zonas rurais, para permitir a redução das assimetrias entre o campo e a cidade, bem como o desequilí­brio regional.

Para além destes aspectos, fo­caliza-se na chamada valorização da cultura de paz, no combate à corrupção, ao burocratismo e à criminalidade.

Por seu turno, Daviz Simango, de acordo com as decisões do Conselho Nacional do MDM, nestas eleições vai apostar no combate ao desemprego, falên­cia de empresas, redução do poder de compra dos cidadãos, discriminação económica e po­lítica, partidarização do Estado e chantagens permanentes aos funcionários do Estado e a exclu­são social. Assim, o “galo” pro­mete promover um regime de democracia participativa, estado de direito, administração públi­ca profissional, solidariedade social, credibilidade da justiça, defesa da propriedade privada e impostos ao serviço da promo­ção do desenvolvimento.

Já José Viana disse que ele e seu partido vão concorrer para acabar com a injustiça social, desigualdades, falta de oportu­nidades, desemprego desrespeito pelos moçambicanos, nepotismo e enriquecimento ilícito.
Na opinião deste político, há uma necessiadae de criar uma alternativa política para este país que jaz na corrupção e outros problemas que acredita serem da culpa do governo-dia.

Yáqub Sibindy prevê a criação do Ministério das Terras, alega­damente com vista a racionali­zar os 36 milhões de terra ará­vel e distribuir equitativamente às cerca de 3,6 milhões de fa­mílias existentes em Moçambi­que, de acordo com o Censo Populacional e Habitacional de 2007. Com efeito, a governação construtiva elegeu a terra e a família como pólo de desenvol­vimento sustentável. Por outro lado, a governação inclusiva promete introduzir políticas sobre o uso e aproveitamento de águas, construindo rios ar­tificiais, a fim de “assegurar o armazenamento e reserva da água em todo o território na­cional, garantindo três campa­nhas agrícolas por ano e o fo­mento da aquacultura”.
Com o Ministério das Águas, a Oposição Construtiva diz pre­tender, igualmente, eliminar as constantes secas e cheias que as­solam o país.

Renamo poderá inspirar-se no anterior manifesto

Apesar de não se conhecer os manifestos deste ano, a Renamo e o PDD poderão inspitar-se em grande medida nos seus manifes­tos apresentados em 2004. Nesse ano, o manifesto eleitoral da Re­namo visava, entre outros aspec­tos, o fortalecimento da igual­dade de oportunidades, coesão nacional e resgate da dignidade do povo moçambicano, transfor­mação de Moçambique num país mais justo, livre, coeso, seguro e próspero, cujo desenvolvimento seja sustentável e que garanta a construção e consolidação de um estado de direito.

Fonte: O País online

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