16/07/09
Alguns secretários dos bairros do distrito de Cheringoma, província de Sofala, Centro de Moçambique, são acusados de cobrar valores monetários às populações como condição para estas terem acesso ao Fundo de Investimento de Iniciativas Locais (FIIL).
Estes casos ilícitos foram denunciados pela população de Cheringoma, durante um comício popular orientado pelo governador de Sofala, Alberto Vaquina.
O FIIL, mais conhecido por fundo dos sete milhões de meticais, é alocado anualmente, desde 2006, a cada um dos 128 distritos do país. Mas até agora grande parte dos gestores deste dinheiro (integrados nos Conselhos Consultivos) ainda cometem erros na sua aplicação. Por seu turno, muitos beneficiários não conseguem devolver o dinheiro emprestado para que o mesmo beneficie a outros cidadãos.
Em Cheringoma, por exemplo, os secretários de bairro só aprovam os fundos apenas a favor dos seus familiares e amigos, em prejuízo de cidadãos que apresentam projectos elegíveis, segundo acusa Lúcio Patrício, residente de Cheringoma e que é citado pelo “Noticias”.
“Eu, todos os anos, elaboro o meu projecto e ajudo os meus amigos também a desenhá-los, mas nenhum desses projectos é aprovado porque sempre me recusei a subornar os secretários. Os meus amigos que aceitaram suborná-los já beneficiaram do fundo”, explicou ele.
Igual reclamação foi também expressa por Maria Angelo, também residente em Cheringoma, que disse ter sido lesada por causa de pessoas que exigem subornos para que os seus projectos sejam submetidos ao Conselho Consultivo Distrital e posteriormente aprovados.
“Eu sou um exemplo claro disso. Elaborei um projecto de instalação de uma moageira, mas o secretário do bairro onde resido disse que pretendia ter uma margem do valor que pedi. Eu não aceitei esta burla, porque sabia que o valor que receberia tinha que o reembolsar sozinha”, frisou.
Em reacção, Vaquina prometeu investigar estes casos, mas adiantou que os projectos podem também ser submetidos aos líderes comunitários caso a população questione a seriedade dos secretários de bairro.
“Quem aprova os projectos são os membros do Conselho Consultivo Distrital e não os secretários de bairro. Sei que eles têm uma quota-parte no encaminhamento dos projectos para a sua deliberação”, disse Vaquina.(AIM)
Fonte: Rádio Mocambique
Alguns secretários dos bairros do distrito de Cheringoma, província de Sofala, Centro de Moçambique, são acusados de cobrar valores monetários às populações como condição para estas terem acesso ao Fundo de Investimento de Iniciativas Locais (FIIL).
Estes casos ilícitos foram denunciados pela população de Cheringoma, durante um comício popular orientado pelo governador de Sofala, Alberto Vaquina.
O FIIL, mais conhecido por fundo dos sete milhões de meticais, é alocado anualmente, desde 2006, a cada um dos 128 distritos do país. Mas até agora grande parte dos gestores deste dinheiro (integrados nos Conselhos Consultivos) ainda cometem erros na sua aplicação. Por seu turno, muitos beneficiários não conseguem devolver o dinheiro emprestado para que o mesmo beneficie a outros cidadãos.
Em Cheringoma, por exemplo, os secretários de bairro só aprovam os fundos apenas a favor dos seus familiares e amigos, em prejuízo de cidadãos que apresentam projectos elegíveis, segundo acusa Lúcio Patrício, residente de Cheringoma e que é citado pelo “Noticias”.
“Eu, todos os anos, elaboro o meu projecto e ajudo os meus amigos também a desenhá-los, mas nenhum desses projectos é aprovado porque sempre me recusei a subornar os secretários. Os meus amigos que aceitaram suborná-los já beneficiaram do fundo”, explicou ele.
Igual reclamação foi também expressa por Maria Angelo, também residente em Cheringoma, que disse ter sido lesada por causa de pessoas que exigem subornos para que os seus projectos sejam submetidos ao Conselho Consultivo Distrital e posteriormente aprovados.
“Eu sou um exemplo claro disso. Elaborei um projecto de instalação de uma moageira, mas o secretário do bairro onde resido disse que pretendia ter uma margem do valor que pedi. Eu não aceitei esta burla, porque sabia que o valor que receberia tinha que o reembolsar sozinha”, frisou.
Em reacção, Vaquina prometeu investigar estes casos, mas adiantou que os projectos podem também ser submetidos aos líderes comunitários caso a população questione a seriedade dos secretários de bairro.
“Quem aprova os projectos são os membros do Conselho Consultivo Distrital e não os secretários de bairro. Sei que eles têm uma quota-parte no encaminhamento dos projectos para a sua deliberação”, disse Vaquina.(AIM)
Fonte: Rádio Mocambique