O director-geral do STAE, Felisberto Naife, disse, ontem, ao “O País”, que o processo de actualização do recenseamento eleitoral está a enfrentar constrangimentos
em virtude das constantes avarias das máquinas utilizadas no processo, conhecidas por Mobile ID. Apesar desses constrangimentos, Naife garantiu que o processo está a decorrer dentro daquilo que foi planificado e que as metas serão alcançadas.
As declarações de Naife surgem na sequências das acusações proferidas pelo director do Gabinete eleitoral da Renamo, Luís Goveia, segundo as quais o STAE estava a protagonizar actos de sabotagem do recenseamento, com especial enfoque para as províncias de Nampula e Zambézia, onde a Renamo alega gozar de grande aceitação por parte dos eleitores.
“Estamos a substituir as máquinas”
em virtude das constantes avarias das máquinas utilizadas no processo, conhecidas por Mobile ID. Apesar desses constrangimentos, Naife garantiu que o processo está a decorrer dentro daquilo que foi planificado e que as metas serão alcançadas.
As declarações de Naife surgem na sequências das acusações proferidas pelo director do Gabinete eleitoral da Renamo, Luís Goveia, segundo as quais o STAE estava a protagonizar actos de sabotagem do recenseamento, com especial enfoque para as províncias de Nampula e Zambézia, onde a Renamo alega gozar de grande aceitação por parte dos eleitores.
“Estamos a substituir as máquinas”
Em contacto com “O País”, Naife negou que aquele órgão estivesse envolvido em actos de sabotagem do recenseamento eleitoral. “Neste momento, estamos a desencadear medidas tendentes à substituição de baterias de algumas máquinas. É preciso deixar claro que estas máquinas estão em actividade há três anos, portanto, foram utilizadas para o recenseamento eleitoral de raiz em 2007, voltaram a ser usadas na actualização do recenseamento em 2008 e, neste momento, estão a ser utilizadas neste processo de actualização”.
Num outro desenvolvimento, Naife fez saber que por causa do avançado estado de avaria, algumas máquinas que o STAE contava usar acabaram sendo postas de lado. “30 por cento destas máquinas estão fora do uso. Estes problemas só foram detectados quando o processo de actualizção estava já em curso. Com relação às que apresentam algumas deficiências, devo dizer que já iniciámos o processo de substituição dos acessórios. A título de exemplo, já enviámos 100 baterias para Nampula, Cabo Delgado e Zambézia, e a nível local estamos a adquirir geradores para o reforço da capacidade. Ainda esta semana, vamos reforçar baterias em todas as províncias. Ao conceder-se um período de 45 dias para o recenseamento, estávamos a contar com alguns problemas”.
No que se refere às alegações da Renamo, Felisberto Naife disse que o órgão que dirige ainda não havia recebido qualquer reclamação oficial por parte daquele partido. “Eu, como director-geral do STAE, ainda não recebi qualquer queixa. Contrariamente a essas declarações, nós preferimos desencadear acções no terreno para ultrapassarmos os contratempos”.
Naife convidou os partidos a colaborar: “A lei prevê que todos o partidos têm o dever e a possibilidade de colaborar. As preocupações dos partidos políticos são nossas também”.
Metas serão atingidas
O Secretáriado Técnico de Administração Eleitoral prevê recensear este ano cerca de 483 mil cidadãos em idade eleitoral. De acordo com Naife, dados das primeiras duas semanas indicavam que haviam sido recenseados 25 por cento da meta prevista, o que corresponde a cerca de 120 mil eleitores.
Para Naife, aqueles resultados eram encorajadores, razão pela qual, no seu ponto de vista, não haviam razões para alarme, pois “as metas serão cumpridas”.
Fonte: O País online
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