A POPULAÇÃO do posto administrativo de Namige, distrito de Mogincual, em Nampula, exige a demissão do respectivo Administrador, Oliveira Rareque. Em causa está a alegada apatia face à insegurança alimentar que afecta cerca de 40 mil habitantes daquela região costeira.
Em consequência da fome, nove pessoas perderam a vida entre os meses de Outubro e Novembro, ao consumir tubérculos como alternativa.
Namige foi a região mais flagelada em toda costa da província de Nampula pela passagem do ciclone “Jokwe” em Março último, facto que ditou o fracasso da campanha agrícola. Os habitantes que se alimentam de mangas e de vários tubérculos venenosos, não encontram outro culpado senão o administrador distrital, Oliveira Rareque, alegadamente, pela demora que se regista na prestação de assistência alimentar para socorrê-los da difícil situação em que se encontram mergulhados.
Alguns habitantes ouvidos pelo “Notícias” consideram que o Governo distrital tem andado alheio ao problema da fome que afecta a região, pois, poderia lançar pedido de apoio junto dos seus parceiros visando a mobilização de recursos, o que ainda não foi feito.
Relatam que desde a ocorrência do primeiro óbito, o mês passado, por consumo de tubérculos venenosos, o executivo distrital liderado por Oliveira Rareque, não enviou nenhum técnico ao terreno por sua iniciativa, senão quando da ida de uma equipa multissectorial integrando quadros do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), em Nampula, Agricultura e Acção Social, que fez recomendações no sentido de apoiar numa primeira fase os idosos por serem os mais afectados pela fome.
César Tembe, delegado provincial do INGC em Nampula, disse que o levantamento efectuado apurou que as causas da fome em Namige não derivam de uma calamidade e por conseguinte a sua instituição deixa de ter um papel relevante no socorro dos necessitados senão a Acção Social e Agricultura, esta última na providência de insumos.
Daudo Mussa, chefe do posto administrativo de Namige, disse, no entanto, quando contactado telefonicamente a partir de Nampula, que nenhum apoio alimentar proveniente de uma instituição governamental foi canalizado até à data aos necessitados, antevendo o agravamento da situação de insegurança alimentar nos próximos tempos na sua área de jurisdição.
O consumo de Nathia, um tubérculo típico da região costeira, é comprovadamente fatal se não forem cumpridos escrupulosamente os procedimentos para a sua preparação baseada na fervura por um período mínimo de duas horas e mais uma mergulhado num recipiente cheio de água, processo que visa eliminar o veneno característico.
Maputo, Terça-Feira, 2 de Dezembro de 2008:: Notícias
Namige foi a região mais flagelada em toda costa da província de Nampula pela passagem do ciclone “Jokwe” em Março último, facto que ditou o fracasso da campanha agrícola. Os habitantes que se alimentam de mangas e de vários tubérculos venenosos, não encontram outro culpado senão o administrador distrital, Oliveira Rareque, alegadamente, pela demora que se regista na prestação de assistência alimentar para socorrê-los da difícil situação em que se encontram mergulhados.
Alguns habitantes ouvidos pelo “Notícias” consideram que o Governo distrital tem andado alheio ao problema da fome que afecta a região, pois, poderia lançar pedido de apoio junto dos seus parceiros visando a mobilização de recursos, o que ainda não foi feito.
Relatam que desde a ocorrência do primeiro óbito, o mês passado, por consumo de tubérculos venenosos, o executivo distrital liderado por Oliveira Rareque, não enviou nenhum técnico ao terreno por sua iniciativa, senão quando da ida de uma equipa multissectorial integrando quadros do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), em Nampula, Agricultura e Acção Social, que fez recomendações no sentido de apoiar numa primeira fase os idosos por serem os mais afectados pela fome.
César Tembe, delegado provincial do INGC em Nampula, disse que o levantamento efectuado apurou que as causas da fome em Namige não derivam de uma calamidade e por conseguinte a sua instituição deixa de ter um papel relevante no socorro dos necessitados senão a Acção Social e Agricultura, esta última na providência de insumos.
Daudo Mussa, chefe do posto administrativo de Namige, disse, no entanto, quando contactado telefonicamente a partir de Nampula, que nenhum apoio alimentar proveniente de uma instituição governamental foi canalizado até à data aos necessitados, antevendo o agravamento da situação de insegurança alimentar nos próximos tempos na sua área de jurisdição.
O consumo de Nathia, um tubérculo típico da região costeira, é comprovadamente fatal se não forem cumpridos escrupulosamente os procedimentos para a sua preparação baseada na fervura por um período mínimo de duas horas e mais uma mergulhado num recipiente cheio de água, processo que visa eliminar o veneno característico.
Maputo, Terça-Feira, 2 de Dezembro de 2008:: Notícias
No comments:
Post a Comment