Monday, May 25, 2009

Em Sussundenga: Crentes acusam padre de aliciamento politico

CRENTES da Igreja Católica no distrito de Sussundenga, em Manica, contestam a atitude do padre Timóteo Bochono, de nacionalidade burkinabe, acusando-o de estar a alicia-los para aderirem ao Movimento Democrático de Moçambique (MDM), liderado por Daviz Simango.

Com efeito, e segundo as nossas fontes, desde finais de Março do ano em curso que aquele religioso serve das homilias dominicais para promover uma campanha a favor do MDM.

“No passado dia 16 de Maio, o padre Cochono convidou-nos para um encontro que julgávamos que fosse para tratar de assuntos ligados à igreja. Para o nosso espanto, o encontro que decorreu na Sala Paulo II, foi orientado por uma brigado do MDM proveniente da cidade da Beira . Eles disseram-nos que os jovens não se deviam deixar levar pelas mentiras da Frelimo e da Renamo e que o líder do MDM estaria em condições de apoiar os jovens com bicicletas e outros meios que tem vindo a receber de parceiros europeus que não nomeou. Aliás, um funcionário da FDC aqui em Sussundenga, distribui recentemente 140 destes meios aos chefes das comunidades da igreja nos postos administrativos de Rotanda e Dombe, para a mobilização da população a favor do MDM. O que nós sabemos é que a FDC é uma organização da mamã Graça Machel e é uma ONG apartidária e não faz sentido que esse funcionário esteja a denegrir a boa imagem que a FDC tem dentro e fora do país”, desabafo do crente Lucas Sagula.

A mesma fonte avançou com informações segundo as quais o Arcebispado da Beira estaria em frente destas acções que estão a criar um mal-estar no seio da comunidade católica em Sussundenga.
A administradora distrital, Mariazinha Niquice, disse não ter tomado conhecimento da distribuição das referidas bicicletas, facto que sugere que tal acção tenha sido levada a cabo sem o conhecimento das autoridades administrativas locais.

“Nós sabemos que a mais alta hierarquia da Igreja Católica na Beira, sempre teve simpatias com a Renamo e que agora simpatiza-se com o projecto político do MDM, de Daviz Simango. O mais grave é a utilização das homilias para fins eleitorais. Todo o cidadão é livre de filiar-se a qualquer que seja o partido político. O que não é aceitável é utilizar a igreja para promover campanhas políticas e aliciamentos”, palavras de Júlia Tenesse, também crente.

Todas as tentativas encetadas para ouvir a versão do padre burkinabe foram infrutíferas, embora esforços estejam a ser desenvolvidos para auscultar o seu posicionamento.

Fonte: Jornal Notícias

Thursday, May 21, 2009

Partido de orientação “divina” vai concorrer no pleito eleitoral

O ANTIGO presidente da LINK - Fórum de Organizações Não-governamentais, José Viana, lançou na quarta-feira, no município da Matola, província do Maputo, o seu partido político, denominado União dos Democratas de Moçambique (UDM), que vai concorrer às eleições gerais e provinciais agendadas para 28 de Outubro próximo.

Segundo Viana, a UDM é uma congregação de todos os moçambicanos que se sentem injustiçados pelas políticas adoptadas pelo Governo moçambicano.

Viana disse a jornalistas que a UDM é um partido que segue orientações divinas, seguindo os princípios de “Deus Todo Poderoso”.

“Democratas são todos os moçambicanos que se julgam injustiçados nos seus mecanismos de socialização. A União dos Democratas não é uma união de partidos políticos, mas sim do povo sofredor, aquele que está injustiçado pelas políticas do Governo, como o desmobilizado de guerra, que defendeu esta pátria e não tem nenhuma recompensa, os combatentes da luta armada que compulsivamente são postos na reserva, os agentes da segurança privada que passam noites sem nenhuma segurança”, explicou.

Viana acrescentou que foram esses moçambicanos que se sentiam revoltosos que o encorajaram a criar o partido. “Isto significa a revolta do povo moçambicano”.

Segundo ele, UDM vai concorrer a todos os pleitos eleitorais previstos para este ano no país e já garantiu que será o presidente de Moçambique nos próximos cinco anos, apesar de não contar com financiamentos para a actividade eleitoral, sobretudo a campanha.

“Não estamos preocupados com apoio financeiro e nem morais carnais. Nós temos a devida orientação de Deus, nós temos todo o apoio que é a ordem e decisão que provêm de Deus. Vamos concorrer às eleições provinciais, vamos às legislativas e eu serei o presidente de Moçambique a partir do próximo ano, mesmo sem apoio material porque toda a riqueza vem de Deus, o dinheiro que as pessoas possuem provém de Deus”, sublinhou.

No seu discurso, Viana vincou que vai governar o país na base da orientação divina e já diz que vai abolir a laicidade do país, tornando Moçambique num país religioso, em que os moçambicanos temem a Deus. A Constituição define Moçambique como um país laico.

“Vou dirigir este país na base da orientação divina porque todos devem ser tementes a Deus em toda a sua plenitude. Esta Constituição da República que temos será banida, porque separa o homem de Deus e isso não pode ser”, disse.

GOVERNO INCLUSIVO

Porém, Viana garantiu que o seu Governo será inclusivo, em que os moçambicanos vão dirigir o seu próprio país.

As ameaças do presidente da UDM continuaram, tendo dito que os actuais órgãos eleitorais, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) serão dissolvidos, alegadamente porque a maior parte dos elementos que os compõem estão ao serviço do partido no poder, a Frelimo.

De tudo que Viana disse, o mais estranho foi o facto de ter sublinhado que é da Frelimo, tendo chegado ao ponto de mostrar o cartão daquele partido.

“Eu sou filho da Frelimo, filho de combatente da luta de libertação nacional. A UDM é uma continuidade dos ideais de Samora Machel e de Eduardo Mondlane, portanto, é uma réplica da Frelimo. Nós somos o acrónimo maiúsculo da Frelimo”, sublinhou.

Ainda não é conhecido o número de membros que a UDM possui. A força política recém-criada ainda não tem sede, apesar dos estatutos referirem que a mesma estará em Maputo, devendo ter representatividade noutros pontos do país.

“Fizemos o registo dos membros que fazem parte do nosso partido e neste momento são mais de 20 milhões de pessoas. Temos representação em todo o país e a nossa sede é o coração de todos os moçambicanos filhos de Deus injustiçados”, referiu.

José Ricardo Viana foi presidente da LINK e diz ter abandonado aquele fórum de organizações da sociedade civil por estas entidades estarem alegadamente corrompidas pelo Governo e pela Frelimo.

De referir que Viana escreveu uma carta para o antigo director do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), Gregório Leão, a denunciar suposta subversão e ligações entre partidos da oposição e várias organizações da sociedade civil.

Nas referidas cartas, Viana denunciava, ainda, que a Organização não-governamental Kulima, do activista italiano Domenico Liuzzi estava a agitar a sociedade civil contra o Governo moçambicano e que a mesma entidade canalizava fundos dos seus projectos para apoiar a Renamo.

Questionado sobre os resultados das suas denúncias, declinou ter escrito tais cartas e se defendeu “não respondo isso, a Frelimo é que fez isso e vocês (jornalistas) também conhecem o assunto por isso foram enviados para me perguntar sobre isso”.

A UDM foi constituído no dia 16 de Maio de 2009, tendo indicado Viana como presidente. Em breve serão indicados o respectivo secretário-geral, bem como os componentes dos órgãos daquela força política, que oportunamente serão empossados.

AIM

Fonte: Jornal Notícias

Tuesday, May 19, 2009

No círculo eleitoral da Zambézia : Sessenta mil membros filiam-se ao MDM

SESSENTA mil membros de vários estratos sociais acabam de filiar se ao Movimento Democrático de oçambique (MDM) de Daviz Simango no circulo eleitoral da Zambézia, esperançosos de uma governação transparente e inclusiva, onde todos tem lugar para contribuir para o desenvolvimento socioeconomico e cultural do pais.

O delegado Político do Movimento Democrático de Moçambique na Zambézia, Margarido Abrantes, disse há dias à nossa Reportagem que não constitui verdade as alegações segundo as quais o partido tem inserção apenas nos centros urbanos. O nosso entrevistado que acaba de regressar de uma périplo que o levou sucessivamente à vários distritos com a excepção de Chinde e Inhassunge disse que o partido está representado a nível dos distritos, não em termos de uma pessoas que coordenada as actividades, mas já tem sedes próprias, membros e recursos materiais e financeiros para funcionar.

A aderência dos membros ao partido é extremamente surpreendente. Abrantes afirmou que para além dos que vem da Renamo e Frelimo, a qualidade dos membros é igualmente boa, sobretudo, jovens academicos com visão e perspectivas de como o pais deve ser governado, pretendem usar o seu potencial intelectual para contribuir para o desenvolvimento do pais.

“Apesar disso ser extremamente bom, devo dizer igualmente as idéias que os membros trazem, independentemente de ter ou não escolas são muito importantes para definir a nossa estratégia eleitoral; por isso, eu disse que temos membros de todos os estratos sociais e profissionais; filiaram-se ao nosso partido porque vê o MDM como a única salvação e alternativa de governação do país; estão fartos de serem excluídos e marginalizados e querem uma oportunidade para provar as suas capacidades de pensar e saber fazer bem as coisas”, disse o nosso entrevistado para que o partido já está a trabalhar na mobilizar de mais membros nos Postos Administrativos e Localidades da província da Zambézia para também namorar os indecisos. Alias, a fonte disse igualmente que uma parte significativa desses membros que o partido angariou desde a sua apresentação pública há dois meses são os chamados indecisos que acham que agora chegou a altura de tomar uma decisão para sua participação da vida política como cidadãos conscientes.

“Os cidadãos perderam a esperança da Renamo e a alternativa para salvar o pais é o MDM que no seu programa apresentado publicamente traça as linhas mestras de um verdadeiro combate a pobreza; não combater pobreza de discursos políticos; é um programa pragmático”, disse Margarido Abrantes para depois acrescentar que a principal mensagem transmitida que está cativar as pessoas a filiarem se ao MDM é de um “Moçambique Para Todos” pelo facto de o partido no poder estar alegadamente a excluir muita gente da sua governação, a exemplo do que está acontecer com actual governação do partido Frelimo na Zambézia que ignorou todos os Zambezianos.

“A Frelimo em trinta e cinco anos não trouxe mudanças na política económica e só está a forçar os cidadãos, incluindo os funcionários públicos a acreditar todo quanto dizem quando na verdade está longe da realidade; a Renamo não conseguiu devolver aos cidadãos moçambicanos o bem estar social; então, nessa perspectiva o MDM aparece como o partido que vai salvar o país que está a beira do colapso”, disse.

Segundo Margarido Abrantes, a pobreza em moçambique só poder combatida com a alocação de infra-estruturas nos locais onde existem os recursos naturais por forma que esse potencial seja utilizado para dar emprego aos cidadãos. Apontou com exemplo, o ramo da madeira onde estão envolvidos muitos dirigentes políticos que ao invés de pagarem salários justos exploram os seus compatriotas para além de estarem a dizimar as florestas e a aumentar a pobreza absoluta que não se cansam de afirmar que estão a combatê-la. “Os chineses levam as quantidades de madeira que quiserem sem pagar impostos mas o governo continua impávido e sereno; um cidadão que quer tirar madeira para fazer um banco e vender e comprar pão para a sua família é preso; é um autentico contraste”, disse.

Todos esses males só podem ser combatidos por alguém que foi educado dentro de uma cultura de respeito e amor ao próximo. Segundo o delegado Político do MDM, essa pessoa só pode ser o Presidente do MDM o jovem engenheiro Daviz Simango que já tem créditos firmados na praça pública que é uma pessoa comprometida com o desenvolvimento do pais.

Entretanto, no dia da apresentação pública o campo de futebol da sagrada ficou lotado por completo e não havendo espaço para meter sequer uma agulha. Há muita expectativa em torno do movimento criado pelo Daviz Simango considerado pelos jovens como a única esperança para os seus múltiplos problemas, nomeadamente, falta de emprego, formação profissional, oportunidade de estabelecimento de negócios. Os financiamento para desenvolver negócios são para pessoas localizadas, escolhidas a dedos.

Entretanto, dentro de poucos dias arranca a capacitação dos fiscais e membros que irão trabalhar em Outubro nas Assembléias de Voto em matérias do pacote eleitoral.

Jocas Achar

Fonte: Jornal Notícias