Francisco Esteves
O presidente da associação ASIAVUMA , Mário Mangare, mostra-se preocupado pelo facto de os curandeiros e membros da sua agremiação continuarem a usar o mesmo objecto cortante para vários pacientes nos actos de circuncisão e vacinações, sem o esterilizarem, concorrendo assim para propagação do vírus do HIV/ SIDA.
A preocupação do Mangare surge no momento em que muitos associados da sua agremiação se apresentarem com sinais de infecção pelo HIV/SIDA, e alguns terem já perecidos de doenças prolongadas, cujos sinais mostravam terem sidos contaminados.
Sem avançar o número de curandeiros que padeceram de doenças relacionados com o HIV/SIDA, Mangare afirmou que ”nós como curandeiros temos a obrigação de evitarmos a contaminação da doença através de instrumentos que usamos nas nossas actividades”.
A certo passo afiançou que já Curandeiros contraem HIV/SIDA instruímos todos a usar as luvas em pleno exercício com os doentes, por forma de evitar o contacto com sangue dos pacientes que provavelmente estejam infectados pelo vírus do HIV/SIDA. ”
Aquele líder deplorou que não entende se é por negligencia ou arrogância que os curandeiros não usam luvas, quando tenham que efectuar cortes na pele. Os mais precavidos estão vivos e saudáveis, enquanto os renitentes pagam caro a factura .
Como forma de colmatar a dificuldade no uso das lâminas no tratamento dos pacientes, Mangare disse ter em perspectiva a realização de “lobbies” junto das organizações no sentido de financiarem na compra de luvas e objectos cortantes.
Contudo os trabalhos de sensibilização abrangeram os membros, igualmente no uso de preservativos nas relações sexuais ocasionais, bem como incutir os princípios fidelidade aos parceiros, pese embora que a maioria dos praticantes da medicina tradicional sejam polígamos.
PÚNGUÈ - 09.03.2006